quinta-feira, 9 de maio de 2013

TABERNAS


Por definição “TABERNA” é uma loja ou lugar onde se vende vinho a retalho. Tem como sinónimos, entre outros, bodega, tasca, baiuca, etc. Pode significar, também, casa de pasto reles e ordinária ou casa imunda e desordenada.

A instinção destes espaços foi durante a década de 80, com a mudança da vida das pessoas, passando agora a existir os cafés, snack-bares ou pubs (a aglutinação da nossa cultura).

Nalgumas tabernas o "chamariz" era o petisco mas, mais tarde com o aparecimento das tecnologias, 
era o rádio e depois a televisão. Muitas coisas se passavam nestes espaços e nalgumas localidades era o único espaço social onde as coisas mais importantes aconteciam.

Mas, porque desapareceram tão rápido estes estabelecimentos tão emblemáticos? A repressão fascista foi um facto, não havia divertimentos, o livre associativismo era desmobilizado, a instrução registava índices muito baixos e, as redes viárias eram péssimas. A desigualdade era uma pedra basilar do sistema político.

A visão, algo romântica da noite cosmopolita, deverá apenas circunscrever-se a uma certa (embora, por vezes, numerosa) tertúlia de “boémios” locais, grande parte, proprietários agrícolas, estudantes e jovens quadros. No entanto, esta alusão às tabernas, reflecte um pouco a ideia de que o encerramento desses locais determinava o fim de um ciclo diário da vida activa de uma localidade.

Não será então agora a altura para reactivar esta cultura tão nossa, com códigos de linguagem que se perderam? Os petiscos que perfumavam e davam vida as ruas, agora quase desertas. Os ingleses e os espanhóis conseguiram transformar os seus pubs/bodegas em gastropubs, porque é que nós não conseguimos revitalizar um icon tão importante das nossas vidas?

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