quarta-feira, 22 de maio de 2013

Comida de rua


A comida de rua representa, em média, mais de 40% dos consumidores urbanos em todo o mundo. Lógico que se estivermos a pensar nos asiáticos e os latino-americanos a fatia é muito superior. A simplicidade e os sabores exóticos fazem com que haja uma crescente procura, não só pelo preço mas, também pela especificidade de cada oferta.

Lembro-me que na cidade de Lisboa, chegávamos a ter uma grande parte da Av. 24 Julho e a Av. Marginal apinhada de roulotes, coisa que a ASAE fez questão de acabar com grande parte delas. Mas, a vida e a importância que a comida de rua trazia era, na minha opinião muito importante e particular.


Entendo que em Portugal se tenha terminado com grande parte deste negócio, porque os clientes também foram perdendo a confiança na higiene e segurança de muitos alimentos produzidos na rua. Mas, não acham que temos uma cidade tão bonita que serve de ambiente para as pessoas comerem na rua?

E, com uma comida como a nossa não seria possível reabilitar esta forma de estar tão alfacinha? Não estará aqui um nicho de mercado a explorar? Agora que o cliente, cada vez mais, não se quer sentar em restaurantes porque sabe o preço exagerado que irá pagar por uma refeição que, muitas vezes se quer simples e ligeira?

Penso, ao contrário do que muitos dizem, que Lisboa precisa mesmo de mudar a direcção do turismo urbano, o tipo de cliente que captamos é um cliente que não vem disposto a gastar muito, por isso assistimos ao crescimento das Hostel´s. Esta é uma boa forma de mostrar a nossa gastronomia a um preço simpático mas, que a longo prazo pode trazer mais animação ao comércio em geral.
 

Sem comentários:

Enviar um comentário