segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A Filosofia morreu?

Escrever este artigo pode ser a morte do meu blog mas, assim não arriscaria dar-vos uma leitura diferente daquilo que não conseguimos ver no dia-a-dia...a um nível mais sub-atómico.

«A natureza nada sabe sobre imperfeições; a imperfeição é uma percepção humana da natureza. Enquanto parte da natureza, somos também perfeitos; é a nossa humanidade que é imperfeita. E, ironicamente, é devido a essa nossa capacidade para a imperfeição e para o erro que somos livres - uma liberdade que nenhuma pedra nem nenhum animal pode saborear. Sem a possibilidade de erro e sem a real indeterminação que a teoria quântica implica, a liberdade humana não faz sentido. O Deus-que-joga-aos-dados libertou-nos». (Heinz R. Pagels)

«A essência da interpretação de Copenhaga é que o mundo deve ser realmente observado para ser objectivo. A realidade tem existência apenas quando a observamos. Vemos que, de acordo com a interpretação da mecânica quântica segundo a escola de Copenhaga, o universo indeterminado tem outra consequência - a realidade criada pelo observador. A noção de que o mundo existe num estado bem definido independentemente da intervenção humana chegou ao fim. Há qualquer coisa de muito especial no mundo quântico; podemos domesticá-lo com a nossa matemática, mas o certo é que ele é estranho - muito mais estranho do que podemos imaginar visualmente». (Heinz R. Pagels)
"Nada está no poder do humano - excepto, o ser humano. Os homens não são capazes de nada - senão de ser humanos, e que isto é o essencial, que isto é tudo o que importa. Perceber isto, compreender isto - apropriar o sentido profundo disto: isso é o mais difícil, o mais difícil de tudo. E é tão difícil porque, antes de mais nada, não se deseja compreender: sempre que se começa a pensar sobre isso, sempre que se começa a fechar portas, a querer entender o que significa este "nada", e este "ser capaz", há uma porta ainda ignorada, um caminho ainda não visto, uma desculpa nova que vem em nosso auxílio para nos dar a sedutora e ilusória ideia de que somos capazes, pelo menos, de alguma coisa."Publicada por Luis Mendes

A existência só é possível apenas quando a observamos, por isso, por muito que queiramos só existimos quando pensamos na nossa existência. É o fim do materialismo, aguarda-se uma nova era, mais espiritual e mais virada para o interior e para a unidade colectiva.

Assim, "Eu penso, logo existo...", deixa de fazer tanto sentido, porque na realidade eu penso, logo posso não existir (pelo menos, na forma real ou material, como queiram chamar), porque posso pensar em diversos sentidos. E, é neste ponto que começa a fazer sentido estarmos mais focados, porque com as novas tecnologias já começa a fazer sentido estar/existir em várias "realidades"...

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